O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que um reajuste nos salários dos funcionários públicos não deve ser realizado em 2024. “O Orçamento já está fechado”, declarou a jornalistas nesta 4ª feira (10.abr.2024). Haddad se reuniu com a ministra Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos) para debater o tema. Segundo ele, a equipe econômica fará “um apanhado” do que foi discutido e apresentará os resultados à Casa Civil.
“Ela [Dweck] apresentou cenários e cada ministério, Fazenda e Planejamento sobretudo, vão devolver para a Casa Civil para fazer um apanhado”, falou. Na prática, ele sinalizou que mudanças nas remunerações devem ser revistas só em 2025. As falas de Haddad se opõem ao que já disseram outros ministros. Outros integrantes da equipe econômica do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) haviam sinalizado um possível aumento na remuneração do setor público em 2024: Esther Dweck – afirmou na 3ª feira (9.abr) que o governo tenta conciliar o reajuste com as contas públicas. “Às vezes, demora a nossa resposta, mas não quer dizer que, internamente, não estejamos trabalhando”; Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento – disse em entrevista publicada em 30 de março que há espaço para um novo reajuste dos salários de determinados setores em 2024. “Vejo um horizonte, ainda que modesto, mas vejo um horizonte”. Haddad afirmou que a necessidade de segurar os aumentos nos salários do funcionalismo se dá por causa da situação fiscal do país. “É tudo desafiador. Temos que equacionar as contas públicas, têm votações importantes que vão acontece na semana que vem no Congresso”, afirmou o ministro. Ele se refere às pautas econômicas que tramitam no Legislativo com objetivo de aumentar a arrecadação e ajudar a atingir o objetivo de deficit zero. A falta de um reajuste tem motivado paralisações e greves em segmentos do setor público em todo o país. A percepção deles e de seus sindicalistas é que as remunerações não foram suficientes para acompanhar o aumento dos preços.
